Os resultados semestrais publicados no mês passado pelo HSBC estão de acordo com as nossas estimativas (recuo de 29%, antes de impostos). O banco britânico continua a ser afetado por um período de menor dinamismo da economia chinesa, que pesa sobre os lucros da filial de Hong Kong, uma situação que irá perdurar.
De acordo com a direção, a atividade no Reino Unido corre o risco de ser afetada pelas consequências do voto a favor do Brexit. O HSBC vê-se obrigado, assim, a reduzir os seus objetivos de rentabilidade para 2017. O que não nos surpreende visto que já havíamos considerado as previsões um pouco elevadas dado o ambiente económico: taxas de juro, por norma, baixas, regulação do setor bancário e evolução da economia mundial.
O dividendo traz, no entanto, boas notícias. Contrariamente às nossas estimativas, o HSBC deverá deixá-lo inalterado em 2016 e 2017 (0,51 dólares). As nossas previsões apontavam para uma descida. Apesar dos baixos resultados, o HSBC mantém uma boa solidez financeira que se encontra reforçada pela venda recente de ativos no Brasil. O que permitiu ao banco anunciar um plano de compra de ações.
Para 2016, reduzimos a nossa estimativa de lucro por ação de 35 para 27 pence e de 42 para 33 pence para 2017.