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de segunda a sexta-feira das 9h às 18hO BPI não desiludiu e os lucros do primeiro semestre vieram em linha com o esperado. A OPA deverá avançar até outubro e a cotação está sustentada pelo preço da oferta: 1,113 por ação.
De janeiro a junho, o BPI alcançou lucros de 0,07 por ação, o que corresponde a um crescimento de 39% face ao período homólogo e saiu em linha com o que esperávamos.
Na base da atividade bancária, a margem financeira cresceu 8,4%, tendo progredido 13,4% do primeiro para o segundo trimestre. As comissões líquidas recuaram 1%, mas subiram 7,7% do primeiro para o segundo trimestre. Já os resultados de operações financeiras aumentaram 10,3%. Desta maneira, a atividade, medida pelo produto bancário progrediu 2,6%.
Ao nível dos custos, destacamos o aumento das contribuições mandatórias para o Fundo de Resolução (nacional) e para o Fundo Único de Resolução (europeu), que levaram à duplicação dos outros encargos operacionais.
Ao invés, realçamos a diminuição de 45,6% das imparidades para crédito, com o BPI a ter um nível de crédito em risco em percentagem do total (4,7%) que é dos mais baixos da banca universal em Portugal. Já o aumento de 123% de outras imparidades e provisões, devido sobretudo à forte perda de valor de obrigações da PT Internacional Finance (grupo brasileiro Oi) detidas pelo BPI, penalizou o resultado do período.
Mantemos sensivelmente as previsões de lucros por ação de 0,15 euros este ano. Para 2017, estimamos 0,17 euros.
No próximo dia 6 de setembro, a Assembleia Geral de acionistas irá votar a proposta da administração do BPI para desblindar os estatutos do banco que atualmente limitam os direitos de voto a um máximo de 20%. Esta é uma das condições exigidas pelo CaixaBank para tornar efetiva a OPA e a outra é conseguir obter mais de 50% do capital. Ambas nos parecem ser possíveis de alcançar pois o CaixaBank já detém 45,03% do BPI.
Assim, consideramos que a probabilidade de êxito da OPA é muito elevada. A cotação ajustou e continua sustentada pelo preço da oferta. Apesar de um dirigente do banco espanhol já ter afirmado que este não quererá subir o preço da oferta, não podemos por enquanto descartar totalmente essa possibilidade que, todavia, nos parece ser a menos provável. Desde que demos o nosso conselho de compra há um ano, e que mais tarde alterámos para manter em finais de março, a ação valorizou 20,1%. Contudo, pode ainda manter o título.
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