A cotação baixou para mínimos mas pode cair mais no curto prazo. Aumentamos o risco de 4 para 5 (o nível máximo). O investidor ousado pode manter esta ação correta para o longo prazo.
Aumentam as incertezas no setor bancário e no banco Santander em particular. Por enquanto ainda não sabemos o valor exato das perdas totais devidas ao Brexit que o Santander irá suportar no seu motor principal, sendo que o Reino Unido representa quase uma quarta parte dos lucros do grupo e é certo que o divórcio britânico irá pesar na fatura.
Nas ilhas britânicas, o crescimento será afetado e só com a desvalorização da libra esterlina, o valor da filial britânica do grupo caiu significativamente nos últimos dias.
Além disso, a Europa também irá sofrer as consequências do referendo britânico já que a política monetária expansiva com juros baixos em níveis mínimos continuará a estar presente no continente, penalizando deste modo a rentabilidade do setor bancário nos mercados europeus.
Do outro lado do Atlântico também não chegam boas notícias. A recessão económica no Brasil (representa 18% dos lucros do grupo, sendo o seu 2º mercado) agravou-se.
Pelo terceiro exercício consecutivo, a sua filial norte-americana apresentou maus resultados nos testes de stress a que a Reserva Federal submete anualmente o sistema financeiro. Neste contexto, elevamos o risco do Santander para o nível máximo.