O volume de negócios caiu quase 20% face ao 1º trimestre de 2015. Ainda assim, reduções de custos operacionais, em particular nos segmentos automóvel e hotelaria, permitiram o crescimento do lucro operacional. A margem EBITDA ficou em 16,8%, +7 pontos percentuais face ao período homólogo de 2015, que foi particularmente fraco.
Apesar do desempenho operacional ter revelado melhorias, o trimestre fechou com um prejuízo significativo de 22 milhões de euros, devido aos resultados financeiros. Dada a exposição ao Brasil, Angola e Venezuela (sobretudo esta), as variações cambiais foram muito penalizadoras no trimestre. Além do impacto sobre os resultados, reconheceu diretamente no capital próprio uma perda de 83 milhões de euros. Deve-se ainda mencionar uma perda por imparidade superior a 8 milhões de euros na participação que detém no BCP.
A TD procedeu a um considerável corte no dividendo que distribuiu relativo ao exercício de 2015 (-73% face ao nível dos 3 anos anteriores), e está a emagrecer o quadro de pessoal (redução superior a 10% no número médio de trabalhado-res). Acreditamos que a Teixeira Duar-te evite fechar 2016 com prejuízos, mas esperamos lucros de apenas 0,001 euros por ação (antes, 0,03). Para 2017, mantemos a previsão de 0,04 euros.
Cotação à data da análise: 0,21 euros