Situações muito diferentes
Os casos da Brisa, BES e Banif não têm pontos em comum com a desvalorização da cotação do BCP nos últimos meses.
As ações da Brisa foram alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) e saíram de bolsa na sequência do pedido de perda de qualidade de sociedade aberta.
A 29 de março de 2012 a Tagus Holdings, S.à.r.l. (“Tagus”) lançou uma oferta pública de aquisição geral e obrigatória sobre as ações da BRISA, que decorreu entre 17 de julho e 8 de agosto. Na sequência desta operação, passaram a ser imputáveis à Tagus 508 899 116 ações, correspondentes a 84% do capital social e a 92% dos direitos de voto da Brisa.
Depois, a Tagus fez um pedido com vista à perda de qualidade de sociedade aberta da Brisa – Autoestradas de Portugal, S.A. Este pedido foi aceite pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a 8 de fevereiro de 2013 após ter apreciado um mecanismo de saída apresentado pela Tagus destinado a possibilitar a venda das ações detidas pelos acionistas minoritários.
Voltando à questão da descida da cotação do BCP, ela nada tem em comum com esta situação. Não ocorreu nenhuma OPA nem está prevista a saída de bolsa do BCP.
Processos de resolução
Por sua vez, o BES e o Banif foram alvo de um processo de resolução. Relativamente a estas duas entidades, as ações foram primeiro suspensas de negociação e depois excluídas de negociação.
Todavia, a nossa avaliação do BCP é diametralmente oposta. Consideramos que a recente descida da cotação constitui uma boa oportunidade de investimento numa perspetiva de longo prazo e para quem aceitar um risco acima da média do mercado.
Relembramos que a PROTESTE INVESTE recomendava vender as ações do BES e do Banif muito antes de ser conhecido o destino da resolução destes dois bancos.