A cotação caiu mais 25% na última semana, colocando a ação em mínimos. Em causa, o receio de um eventual aumento de capital, depois de o BCP ter dito que está interessado no NovoBanco.
A cotação do BCP caiu para mínimos históricos. Na base, vários fatores penalizaram a ação. Em primeiro lugar, o anúncio de o banco estar a ponderar a possibilidade de concorrer à compra do concorrente NovoBanco, cujo processo de venda entrou em nova fase inicial.
Essa eventual compra visaria a consolidação e permitiria obter sinergias ou economias de escala. Porém, necessitaria desde logo de luz verde do BCE, o que não é certo pois o BCP ainda não devolveu a totalidade dos apoios recebidos em 2012 no seu plano de capitalização.
Além disso, o financiamento da compra obriga a um aumento de capital e, nos mercados europeus, o receio de aumentos de capital na banca penaliza de imediato os intervenientes sob essa suspeita.
Há ainda outro fator a pesar na cotação que foi o facto de a ação ter deixado de integrar o índice MSCI Global, passando a fazer parte do índice de pequenas capitalizações.
O setor irá continuar pressionado a curto prazo, mas o BCP prossegue o seu plano estratégico com um excelente desempenho na racionalização de custos e aumento das receitas. E, a médio/longo prazo, irá beneficiar da melhoria da conjuntura económica. A ação está barata e é uma oportunidade para investir a longo prazo para quem aceitar um risco muito acima da média.