Apesar de os resultados trimestrais não terem sido os esperados, a UBS confirma a sua vantagem no que toca à gestão de fortunas. O título reagiu de forma demasiado negativa à publicação. Aproveite para a incluir no seu portefólio se ainda não o fez.
A queda de 8% da cotação da UBS no seguimento do anúncio dos resultados para o primeiro trimestre explica-se por uma combinação de fatores como um contexto desfavorável para os bancos (HSBC e Commerzbank também registaram quedas) e porque os resultados para o banco suíço foram menos favoráveis.
No primeiro trimestre, o conjunto das suas atividades sofreu com a aversão ao risco dos investidores que se traduziu numa queda geral da atividade. Estes resultados dececionantes conduziram-nos a reduzir de 1,2 para 1 francos suíços a nossa estimativa de lucro por ação para o ano em curso.
Este contra desempenho trimestral não coloca em causa a reorientação estratégica da UBS para a gestão de fortunas implementada nestes últimos anos. No trimestre, a UBS recolhe 29 mil milhões de francos suíços em mandatos (património confiado à gestão), um nível historicamente elevado. É um sinal de confiança dos “patrimónios gordos” no banco.
No que diz respeito aos custos, a UBS confirma os seus objetivos para 2017 e anuncia novas medidas de simplificação da gestão do património. Se houver necessidade, pensamos que o banco poderá ainda reduzir a sua posição na banca de investimento para se reorientar ainda mais para a gestão de fortunas. Tal movimento poderá justificar-se para melhorar a valorização da ação.