A queda do petróleo penalizou os resultados, que caíram um pouco mais do que esperávamos. Porém, apesar de ter reduzido algumas metas, a Galp mantém boas perspetivas e a ação está barata.
A Galp registou prejuízos de 0,07 euros por ação no primeiro trimestre do ano devido ao efeito negativo da valorização dos stocks. Porém, sem este efeito contabilístico muito volátil, originado pela queda do preço do petróleo, o lucro foi de 0,04 euros por ação, menos 28% face ao período homólogo do ano passado e um pouco abaixo do que prevíamos.
A contrabalançar a descida do preço do petróleo e da margem de refinação que, ainda assim, foi superior à margem de referência internacional, esteve a subida de 38,7% da produção petrolífera.
A Galp anunciou um corte de 15% do investimento, para 1000 a 1200 milhões de euros por ano até 2020, e prevê uma subida média de 15% do EBITDA neste período face à anterior previsão de 20% até 2019.
Mas, a produção de petróleo deverá subir 25 a 30% ao ano até 2020, como previsto anteriormente, graças a uma maior eficiência. O dividendo de 2016 manterá a subida de 20% mas a partir de 2017 manter-se-á estável nos 0,50 euros brutos por ação.
Apesar da queda do petróleo, a viabilidade dos projetos do grupo não está em causa, pois estes ainda são rentáveis com um preço do barril inferior a 30 dólares, um dos valores mais baixos do setor.
Baixámos a previsão de lucros por ação para 2016 de 0,33 para 0,27 euros mas mantemos a de 2017 nos 0,51 euros.