Lucros do primeiro trimestre cresceram 65% face ao mesmo período de 2015. Uma evolução em linha com as expectativas, ainda que as margens tenham sido um pouco superiores ao esperado.
As vendas cresceram 6,3% face ao primeiro trimestre do ano passado, continuando a ser impulsionadas pelo bom desempenho da unidade de Rolhas (+7,8%, dois terços das vendas totais).
O crescimento deve-se, não só ao aumento do volume de produtos vendidos, mas também à venda de produtos de maior valor acrescentado, o que permitiu aumentar a rentabilidade operacional (margem EBITDA+ de 17,6%). É uma evolução assinalável.
Uma referência ainda ao início de comercialização de rolhas com tecnologia ND Tech, um método que permite a deteção rápida em cada rolha da presença de TCA, composto químico responsável pelo “gosto a rolha”. Começando naturalmente pelo segmento de topo, é uma resposta à principal desvantagem da cortiça face aos vedantes sintéticos.
Em resumo, um bom desempenho no 1º trimestre, mas a direção admite que 2016 será um ano mais difícil, dado o abrandamento económico e a vulnerabilidade ao fator cambial que tanto impulsionou os resultados dos últimos trimestres.
Revemos em alta ligeira as estimativas, esperando um lucro por ação de 0,41 euros em 2016 e 0,42 em 2017 (antes, 0,40 para os 2 exercícios). Mantenha a Corticeira em carteira, beneficiando dos seus bons dividendos.