No primeiro trimestre, o BPI alcançou lucros por ação de 0,032 euros, um crescimento de 48,3% face ao período homólogo. Ainda assim ficou um pouco aquém do que esperávamos.
Na base da atividade bancária, a margem financeira progrediu 7,7%. Esta margem resulta da diferença entre os juros que o banco cobra pelos empréstimos concedidos e o que paga pelos fundos que lhe são confiados, tendo beneficiado bastante da descida do custo dos depósitos de clientes.
Menos positiva foi a tímida progressão de 0,2% das comissões líquidas, as quais registaram mesmo uma queda de 15% face ao último trimestre do ano passado. Por sua vez, os resultados em operações financeiras cresceram 9,2%. Deste modo, a atividade, medida pelo produto bancário progrediu 5,9%. Os custos operativos diminuíram 0,7% permitindo continuar a melhorar a eficiência da atividade. Já as imparidades para crédito recuaram 16,1% mas ficaram acima do valor registado no último trimestre do ano passado.
Em face dos resultados divulgados, reduzimos as nossas estimativas de lucros para este ano de 0,16 para 0,15 euros por ação. Para 2017, prevemos 0,18 euros. Pode manter o título.
Relembramos que o maior acionista do BPI, o CaixaBank anunciou uma oferta de compra a 1,113 euros por ação e que, entretanto, reforçou a sua posição, detendo já 44,54% do capital. Contudo, esta OPA apenas deverá estar finalizada em setembro.