O BCP divulgou os lucros do primeiro trimestre que diminuíram 33,7% face a igual período do ano passado. Revemos em baixa as nossas estimativas, mas não alteramos o conselho.
No primeiro trimestre os lucros do BCP recuaram 33,7% para os 0,0008 euros por ação, um valor que ficou abaixo do que esperávamos.
Primeiro, na base da atividade bancária, a margem financeira recuou 1,8% em base comparável face ao período homólogo e 6,9% em relação ao quarto trimestre do ano passado, penalizada pela redução da atividade de crédito (-5,6%), embora tenha beneficiado da diminuição do custo dos depósitos de clientes.
Depois, os resultados de operações financeiras diminuíram 85,2% porque este ano não tiveram o contributo das mais-valias realizadas com a venda da dívida portuguesa, que impulsionaram os ganhos no período homólogo do ano passado. Por sua vez, as comissões progrediram apenas 1%.
Deste modo, o produto bancário recuou 24%, mas a redução dos custos operativos (-4,4%), permitiu melhorar ainda mais a eficiência da atividade, cujo rácio cost- income atinge os 49,4%, o que é um bom nível tanto no plano nacional como internacional.
Muito positiva foi também a diminuição do acréscimo de crédito em incumprimento, que permitiu reduzir em 20% as imparidades para crédito.
Revemos em baixa as previsões de lucros por ação para 2016 de 0,0066 para 0,0053 euros. Para 2017 prevemos agora 0,008 euros (0,0095 antes).