A cotação recuperou 14% depois do anúncio dos resultados trimestrais pelo que os ganhos situam-se em torno dos 55% desde o nosso conselho de compra em outubro do ano passado. Com esta subida, a ação passou a estar correta pelo que alteramos o nosso conselho de comprar para manter.
No segundo trimestre 2015/16, o lucro por ação cresceu 17% em termos comparáveis. É um pouco melhor do que o esperado. Mas a boa surpresa vem sobretudo das ordens de encomenda que aumentaram 37%, um novo recorde.
Em causa está o início de produção da última geração de memórias informáticas (3D) que necessita, por sua vez, de novos equipamentos por parte dos fabricantes, bem como de um bom dinamismo do mercado dos componentes eletrónicos para ecrãs.
Ambos geram uma forte procura que se traduz por previsões para o trimestre em curso claramente mais elevadas do que o esperado, fazendo adivinhar um lucro recorde para o conjunto do exercício.
A longo prazo, as perspetivas são também favoráveis para o grupo, sólido do ponto de vista financeiro e líder no mercado de equipamentos para a indústria dos semicondutores, que promete um crescimento assinalável (objetos ligados, veículos autónomos, entre outros; complexificação dos procedimentos de fabrico). A compra de ações próprias, massivas nestes últimos meses (um timing bem escolhido), vem também sustentar esta tendência.
Revimos a nossas previsões e estimamos um lucro por ação de 1,33 dólares em 2015/16, de 1,6 dólares em 2016/17 e de 1,75 dólares em 2017/18.