O grupo quer melhorar a imagem com as vacinas. Estas devem ajudar a estabilizar as receitas nos próximos dois anos. Uma perspetiva insuficiente para estimular a cotação.
O grupo beneficiou recentemente do lançamento de uma campanha de vacinação pública contra a dengue nas Filipinas e espera encaixar mais de mil milhões de dólares por ano com a Dengvaxia, a primeira vacina contra essa doença endémica em alguns países. E o laboratório lançou um projeto de vacina contra o vírus Zika que tem muitas semelhanças com a dengue.
Do ponto de vista estratégico, a Sanofi espera que as vacinas ajudem a superar as dificuldades encontradas na área da diabetes, que está a ser penalizada pelas menores vendas da insulina Lantus (corte acentuado dos preços nos EUA). E a chegada de uma cópia do Lantus, em meados de 2016, irá acelerar o processo. Ao contrário da área da diabetes, as vacinas estão no bom caminho e as vendas aumentaram 7%, em 2015.
Além disso, os genéricos e, especialmente a Genzyme (subsidiária especializada em doenças raras) também estão a ser motores de forte crescimento. Assim, apesar da perda da patente da Lantus, o grupo é capaz de manter os lucros nos próximos dois anos.
A Sanofi quer igualmente recuperar o atraso no combate ao cancro (rumores de aquisição da biotecnológica americana Medivation). Prevemos que o lucro por ação seja de 3,40 euros, para 2016, e 3,45 euros, em 2017.