O novo plano estratégico ("Push to Pass") tem marcado pontos na forma e na substância. No entanto, é insuficiente para justificar a compra até porque a cotação já reflete as perspetivas.
Esperado desde há muito tempo, o fabricante francês apresentou as linhas gerais de seu novo plano estratégico. Qual é a principal novidade face a planos anteriores?
O grupo PSA não irá apostar apenas na produção e venda de viaturas, um negócio que, segundo a administração, irá evoluir com a chegada de novas tecnologias (incluindo a mobilidade conectada e o carro autónomo). No futuro, o grupo também pretende oferecer serviços, nomeadamente nas áreas da partilha de veículos e venda online de carros usados e de peças de substituição.
Apesar de não serem uma panaceia, estas novas iniciativas deverão permitir que a Peugeot volte a apresentar um crescimento do volume de negócios. Estamos ainda mais confiantes porque o grupo tem recursos financeiros suficientes para reavivar os seus negócios. Com efeito, foram libertados recursos graças às poupanças nas principais atividades. A este respeito, o objetivo de uma margem operacional de 4% para a divisão automóvel no período 2016-18 (contra 1%, em média, entre 2001 e 2015) está em linha com as nossas expectativas.
Não alteramos as previsões de lucro por ação: 1,50 euros em 2016 e 1,70 euros para 2017. Pode manter.