Prosseguindo uma estratégia de refoco da sua atividade, a alienação de áreas não core e a descontinuação de outras atividades explicam perdas avultadas registadas em 2015.
O ano de 2015 foi marcado por uma série de acontecimentos que marcaram o grupo. Por um lado, foi a OPA lançada pelo seu maior acionista, a Farminvest 3, que após a operação controla agora 73% do capital social da Glintt. Por outro, o grupo vendeu algumas áreas consideradas não core por 7 milhões de euros (ME) e descontinuou outras, no âmbito da sua estratégia de refoco nas suas atividades no setor da saúde e de consultoria/tecnologia com maior valor acrescentado.
Este reposicionamento teve um impacto brutal nas contas de 2015: aliás levou a que as contas de 2014 também tivessem de ser reescritas. A faturação ficou abaixo dos 70 ME (+22,7% face ao ano 2014 reescrito e -13% face às contas originais daquele ano). A margem do EBITDA ficou-se pelos 8,6% (9% nas contas reescritas de 2014), explicada pelo custo acrescido com a redução de efetivos.
Mas o grande impacto foi a perda de 39,1 ME associada a perdas de operações descontinuadas (desinvestimentos, desreconhecimento de goodwill, e provisões para imparidades). Assim, a Glintt fechou o ano com um prejuízo por ação de 0,53 euros. Tendo por base este contexto de reestruturação, baixamos as previsões de resultados por ação para -0,01 euros em 2016 e 2017 (antes 0,01 e 0,02 euros, respetivamente).