Melhoria do desempenho operacional e mais-valias obtidas com a venda de ativos não-estratégicos, explicam melhoria dos resultados. Irão distribuir dividendos este ano. Mantenha.
O volume de negócios em 2015 ficou ligeiramente aquém do ano anterior (-1,8%), apesar do crescimento registado em todos os segmentos, com exceção da área de resorts (dificuldades associadas à emissão de vistos gold poderão explicar esta queda).
O contributo das mais-valias na venda de ativos imobiliários não estratégicos também ajuda a explicar o salto dado pelo EBITDA (+75,6%). Este acréscimo de liquidez proporcionado pela venda destes ativos foi canalizado, em grande medida para a redução da sua dívida (-57 milhões de euros durante 2015), explicando o menor volume de custos financeiros registados no ano.
Neste contexto, os resultados líquidos saltam para terreno positivo (primeira vez nos últimos 4 anos), mas a parte atribuível a acionistas, por ação foi de -0,001 euros. Ainda assim, a Sonae Capital anunciou a sua intenção de distribuir 15 milhões de euros (0,04 euros líquidos por ação), o que não deixa de ser estranho atendendo ao desempenho de 2015, mas também dos últimos anos.
Este facto leva-nos a ser um pouco mais pessimistas quanto à capacidade de crescimento do grupo no futuro, pelo que revimos em baixa as nossas previsões de lucro por ação para 0,004 euros em 2016 e 0,006 euros em 2017 (antes 0,021 e 0,025, respetivamente). Pode manter.