Desde que atingiu o valor mínimo deste ano, a cotação valorizou 10%. Uma recuperação demasiado rápida em virtude das suas perspetivas de crescimento. Há o risco de a cotação ser penalizada se o grupo não cumprir as suas promessas. Alteramos o nosso conselho de manter para vender.
Bastante presente na Europa, a crise obrigou a Siemens a repensar a sua estratégia. As atividades mais emblemáticas foram sacrificadas para que a rentabilidade pudesse crescer.
Depois de vários planos de restruturação, as margens recuperaram ainda que permaneçam bastante abaixo de níveis passados. Para enfrentar a crise, a Siemens lançou-se nas renováveis (sobretudo eólica) para aproveitar a popularidade das energias “verdes”. Mas inúmeros obstáculos (anulação de encomendas, regulamentação do setor instável e desfavorável, entre outros) não permitiram tirar proveito do potencial desta atividade.
Tendo em conta a concorrência e os custos (fraquezas da Siemens), apenas a inovação e a investigação (um investimento longo e pesado) poderiam fazer com a que a empresa se destacasse. Porém, o grupo alemão não possui a capacidade financeira para tal empreendimento – a dívida tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Este é portanto um problema sério e que nos leva a rever em baixa as nossas previsões de crescimento a longo prazo. Perante este cenário, a General Electric, o seu concorrente direto na saúde, renováveis e indústria, apresenta margens claramente superiores que lhe permitem olhar para o futuro com maior otimismo, pelo que a respetiva cotação possui potencial de valorização. Compre a General Electric mas venda a Siemens.