Apesar do bom desempenho operacional da Portucel e Secil, o resultado líquido foi prejudicado pelo aumento dos custos financeiros, da tributação e dos interesses não controlados.
Em 2015 o volume de negócios da Semapa aumentou 6,7% relativamente ao ano de 2014. O EBITDA progrediu quase 17%, sobretudo graças ao papel (que representa mais de três quartos do volume de negócios), embora o cimento tenha também registado uma melhoria.
Contudo, uma série de fatores vieram dissipar os ganhos conseguidos. A integração da Supremo Cimentos (na Secil), além da AMS (na Portucel), levou ao aumento das amortizações e perdas por imparidade.
A dívida líquida consolidada aumentou 30%, devido à integração da Supremo e ao pagamento de dividendos e reservas na Portucel, portanto inevitavelmente os resultados financeiros agravaram-se em 18%, apesar da redução no custo do financiamento.
Aumentou também a tributação (em 2014 a Semapa registou ganhos com ativos por impostos diferidos) e, o que é mais relevante, o resultado líquido atribuído a interesses minoritários aumentou 25% devido à operação de troca de ações Portucel por ações Semapa.
Recomendámos na altura aceitar a troca, pois a Portucel é o ativo mais interessante da Semapa, e a diminuição da participação continuará a pesar sobre os resultados. Revemos em baixa o lucro por ação esperado em 2016 para 0,84 euros por ação (antes, 1,16). Para 2017, prevemos 1,11 euros.