O balanço feito pela Exxon em relação à sua estratégia confirma o seu estatuto defensivo no seio de um setor petrolífero maltratado, onde é a nossa preferida. Compre.
Graças a uma (ligeira) recuperação do preço do barril de petróleo nas últimas semanas, a cotação da Exxon valoriza 5,6% desde o início do ano, melhor do que o setor petrolífero (+0,8%), o que salienta o caráter defensivo da ação.
Esta característica é ainda confirmada pelo balanço que a Exxon fez da sua estratégia. Num contexto marcado pelos baixos preços do “ouro negro”, que tão cedo não devem voltar aos 100 dólares por barril, a Exxon corta mais nos investimentos do que os seus concorrentes (redução de 25% em 2015), suspende as compras de ações próprias e reduz os custos de exploração para preservar a sua boa saúde financeira.
Esta última permitiu-lhe angariar 12 mil milhões de dólares em financiamento, para realizar aquisições de pequena envergadura. Tendo em conta os investimentos previstos e a evolução do preço do petróleo, a Exxon exclui toda e qualquer tomada de risco e prevê uma produção estável daqui até 2020.
A grande prudência da sua estratégia, e a capacidade de manter a sua solidez financeira, permitem à Exxon aumentar o dividendo que distribui, o que nos dá alguma confiança quando outros grupos como a Eni (manter) ou a ConocoPhilips os reduziram.