A degradação da conjuntura pressionou o título mas, ainda assim, de forma insuficiente para o tornar atrativo. O seu grande trunfo é o elevado rendimento do dividendo (5,4% brutos).
Tal como a maioria das seguradoras, a Allianz terminou o ano de 2015 com pouco brilhantismo. A empresa alemã foi penalizada por indemnizações mais elevadas no ramo não-vida (catástrofes naturais) e por novas saídas de capitais na sua subsidiária americana de gestão de ativos Pimco.
Ainda assim, o grupo obteve lucros de 14,5 euros por ação (conforme as nossas estimativas) e continua a evidenciar um balanço sólido.
Para o ano em curso, os comentários da administração corroboram as nossas perspetivas cautelosas. A volatilidade dos mercados financeiros e a confirmação de um período duradouro de baixas taxas de juro continuarão a penalizar os lucros do grupo.
Para defender a sua rentabilidade, a Allianz pretende reduzir custos e reorientar a sua oferta para produtos mais rentáveis (seguros de saúde, produtos de poupança...). Assim, prevê registar um resultado operacional de aproximadamente 10,5 mil milhões de euros em 2016 (contra 10,4 em 2014 e 10,7 em 2015), ligeiramente abaixo das nossas previsões.
Ainda assim, o grupo mantém a meta de obter um aumento médio anual do lucro por ação de 5% nos próximos anos, o que nos parece demasiado ambicioso.
Para 2016 e 2017, prevemos lucros por ação de 14 e 15 euros, respetivamente (14,5 e 15,2 euros anteriormente).