A cotação da UBS foi afetada pela crise nos mercados financeiros. Mas a estratégia seguida pelo banco permite-lhe manter-se a salvo. A queda da cotação pode ser uma oportunidade. Compre.
A instabilidade nos mercados e a aversão ao risco fazem com que os investidores não readquiram a UBS, apesar de esta ter um perfil bastante mais defensivo do que grande parte dos seus concorrentes.
Para o quarto trimestre de 2015, o banco divulgou resultados em baixa: menos 22% na sua atividade de gestão de fortunas e, sobretudo, resgates no valor de 3,4 mil milhões CHF (+10,8 mil milhões nos três primeiros trimestres). A crise que afeta alguns países emergentes (Rússia, Médio-Oriente) faz com que os grandes patrimónios reduzam os seus investimentos. O saldo é, no entanto, positivo na Ásia.
O ano de 2016 não está a começar da melhor maneira para a banca (e setor bancário). Esperam-se, nos primeiros meses do ano, novas saídas de liquidez dos fundos, enquanto a banca de investimento continuará sob pressão.
A UBS não está imune à crise bolsista mas a sua dimensão, aliada ao seu conhecimento e à sua solidez, constituem forças que fazem a diferença quando comparadas com outras estruturas mais pequenas. Forças que não estão a ser refletidas no valor da cotação. Depois de um lucro por ação de 1,65 CHF por ação em 2015, estimamos um lucro de 1,2 CHF em 2016 (subida de impostos, início de ano difícil) e de 1,4 em 2017.