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de segunda a sexta-feira das 9h às 18hOs resultados do último trimestre de 2015 e as perspetivas avançadas para 2016 foram dececionantes, em regra. O crescimento dos lucros será menor do que o esperado devido à persistência de baixas taxas de juro. Além disso, ao invés dos bancos americanos, as instituições europeias foram lentas a limpar os balanços e voltaram a surgir dúvidas sobre a solidez de alguns bancos. Nesta área há vários exemplos. A saúde do Deutsche Bank continua a preocupar. O grupo alemão ainda não conseguiu encontrar um modelo de crescimento sustentável e a solidez está aquém da média do setor. Se em Portugal, após o BES, o Banif foi alvo de um processo de resolução, em Itália, quatro pequenos bancos quase entraram em falência no final de 2015, alimentando os receios de um “acidente” entre os maiores. A queda de um grande banco contaminaria todo o setor europeu. Assim, apesar da reação exagerada dos mercados e de as cotações parecerem atrativas, não consideramos que o setor esteja apelativo na sua globalidade.
Os resultados do último trimestre de 2015 foram bastante dececionantes. As baixas taxas de juro pesam nas grandes redes da banca de retalho, esmagando margens como acontece com o BNP Paribas, Santander e Nordea. Ao mesmo tempo, também reduz a rentabilidade das atividades relacionadas com taxas na banca de investimento do Barclays, Deutsche Bank, Crédit Suisse, entre outros. A prudência dos bancos para os próximos seis meses deve-se a um enquadramento desfavorável. Em primeiro lugar, o Banco Central Europeu pretende reforçar as suas medidas para manter por mais tempo as taxas de juro muito baixas. Em segundo lugar, a desaceleração do crescimento económico global irá provocar um aumento do crédito malparado e, portanto, mais custos para a banca. Por fim, o maior aperto na regulação do setor também resulta em encargos adicionais e limita o crescimento dos bancos, pois força-os a manter mais capital e menos dívida.
Em bolsa, o setor bancário europeu recuou cerca de 25% desde o início do ano e 39% face ao máximo de julho de 2015. No entanto, não há motivos para temer uma crise sistémica como a de 2008. Os bancos estão, regra geral, mais sólidos (mais capitais próprios e ativos menos arriscados) e os bancos centrais mais bem preparados. De acordo com a Autoridade Bancária Europeia, a exposição dos grandes bancos aos créditos arriscados é baixa, ao contrário dos mais pequenos. Finalmente, os receios de uma recessão global são exagerados e o desempenho da economia europeia está a melhorar embora lentamente.
Às cotações atuais, em média, os bancos da nossa seleção estão a ser valorizados em apenas 0,7 vezes os seus capitais próprios (um dos nossos critérios de avaliação). Em média, nos últimos 10 anos, este rácio situou-se em 0,9. Por conseguinte, o valor em bolsa do setor parece já incorporar a ocorrência de más notícias. Mas o risco é elevado e continuamos a ser seletivos. Certifique-se de que essas ações não pesam muito na sua carteira (no máximo entre 5 e 10%). Consulte os nossos conselhos neste setor.
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