Os resultados de 2015 ficaram no vermelho fruto de depreciações inesperadas. As sinergias e as reduções de custos são, no entanto, encorajadoras no que toca à recuperação. Uma situação sempre volátil a curto prazo. Compre para o longo prazo.
Sem esperar pela publicação dos resultados anuais (previstos para 25 de fevereiro), a Repsol anunciou perdas excecionais de 1,2 mil milhões de euros em 2015. Como consequência da descida prolongada do preço do petróleo, o valor dos ativos caiu. Para adaptar-se à realidade do mercado, a empresa registou pesadas depreciações em 2015 (2,9 mil milhões de euros), o que atirou os resultados para o vermelho. Contudo, esta situação não afetará o desenvolvimento do grupo. Os resultados corrigidos destas depreciações registaram inclusive um aumento de 8% relativamente ao ano anterior, graças às economias de custos e sinergias, ligadas à integração da Talisman Energy, mais rápidas do que o esperado.
Entretanto, a conjuntura permanece difícil para a Repsol. A empresa considera alienar ainda mais ativos. As propostas de venda no setor acumulam-se mas há cada vez menos compradores. Por isso, não conte com isso, apenas as economias de custos e os ganhos de produtividade permitirão limitar a erosão das margens. De qualquer forma, estamos confiantes na capacidade de o grupo recuperar.
O lucro por ação previsto para 2016 foi revisto em alta para 0,58 euros (contra 0,52 euros anteriormente) mas o de 2017, pelo contrário, foi revisto em baixa para 0,70 euros (contra 0,74).