O futuro da Pharol continua muito dependente da Oi, que voltou a ter perdas elevadas. A entrada num processo de consolidação no Brasil seria a melhor solução para a empresa mas não há novidades.
A Pharol sofreu perdas de 0,16 euros por ação nos primeiros nove meses de 2015, um valor superior ao que esperávamos. Em causa estão os fortes prejuízos da brasileira Oi (detida a 27,2% pela Pharol) e o impacto da depreciação do real e da queda bolsista da Oi na valorização da opção de compra de mais 12% da Oi, cujo exercício depende da recuperação pela Pharol do crédito de 897milhões de euros concedido à Rioforte.
Apesar de ter melhorado o seu desempenho operacional (EBITDA recorrente subiu 10%), o resultado da Oi foi muito penalizado pelo elevado peso dos custos financeiros. De facto, o endividamento excessivo é o maior problema da Oi e a recente descida do rating da empresa e a depreciação do real (subida da dívida denominada em outras moedas) não ajudam a melhorar a situação.
Apesar do acordo com o fundo russo LetterOne para negociar uma aproximação à TIM no mercado brasileiro, que envolvia também a injeção de capital na Oi por parte desse fundo, não há novidades em relação a um eventual processo de consolidação, que é visto como a melhor solução para ajudar a resolver os problemas do grupo.
Face aos maus resultados obtidos, piorámos as estimativas de prejuízos por ação de -0,07 para -0,14 euros em 2016 e de -0,03 para -0,10 euros em 2017.