2015 foi um ano de recordes para a Corticeira Amorim, impulsionada pelo crescimento do negócio das rolhas e por uma evolução cambial muito favorável. 2016 será um ano de consolidação.
Os resultados de 2015 revelam que a Corticeira Amorim ultrapassou diversos marcos. As vendas superaram os 600 milhões de euros e o EBITDA cresceu 16% para ultrapassar pela primeira vez os 100 milhões de euros (a margem EBITDA situou-se em 16,7%).
Em termos financeiros, o custo do financiamento foi extremamente reduzido, dado o endividamento ligeiro (autonomia financeira de 53,1%) e o baixo nível das taxas de juro, e foi mesmo anulado pelos ganhos registados em empresas participadas. Em consequência, a Corticeira Amorim atingiu exatamente os 55 milhões de euros de resultado líquido que prevíamos (43 cêntimos por ação), o que constituiu um novo máximo histórico.
2015 foi portanto um ano para recordar, mas dificilmente o grupo conseguirá manter o mesmo ritmo de crescimento em 2016. Desde logo porque já não deve beneficiar do forte impulso da valorização do dólar, que tornou os EUA o seu principal mercado. A conjuntura económica externa não será também tão favorável, e esperamos um ligeiro aumento da tributação face ao último exercício.
Por esse motivo, esperamos menores lucros em 2016 e 2017: 0,40 euros por ação. Se já detém, merece ainda o lugar na sua carteira, mas não compre mais.