Os resultados anuais saíram um pouco acima do esperado graças a um quarto trimestre em bom plano. A proposta de cisão das atividades africanas será votada pelos acionistas na assembleia. Comprar.
Em 2015, o BPI alcançou lucros por ação de 0,16 euros, face a perdas de 0,11 euros por ação no ano anterior. Na base da atividade, a margem financeira cresceu 28,7% graças à diminuição dos juros que o banco paga pelos valores que lhe são confiados. E também porque em 2015 já não teve de pagar ao Estado os juros do empréstimo que este lhe concedeu na recapitalização, e que o BPI acabou de reembolsar em junho do ano precedente.
Por sua vez, os ganhos de operações financeiras mais do septuplicaram face ao ano anterior, beneficiando da boa evolução dos mercados. Assim, o produto bancário progrediu 37,8%. Do lado dos custos, os encargos operativos subiram só 3,9% (-0,1% com os custos de reformas antecipadas), enquanto as provisões e imparidades para crédito diminuíram 29,1%.
Revimos em alta as estimativas de lucros por ação. Prevemos agora 0,16 euros para 2016 (0,14 antes) e 0,18 para 2017 (0,17 antes). Na assembleia geral do dia 5/2, os acionistas votarão a proposta de cisão das atividades africanas do grupo, que pressupõe atribuir mais uma ação da nova entidade por cada ação atual.