O resultado anual ficou abaixo das expectativas, devido a elementos não recorrentes que colocaram o quarto trimestre no vermelho. Revemos em baixa as estimativas mas não alteramos o conselho.
Em 2015, o BCP alcançou lucros por ação de 0,004 euros, contra perdas de 0,005 por ação em 2014. Apesar da forte melhoria, após quatro anos no vermelho, este resultado ficou, ainda assim, abaixo do esperado.
De facto, o quarto trimestre foi penalizado por elementos não recorrentes. Na Polónia, o Bank Millennium (BCP detém 50,1%) fez contribuições extraordinárias de 28,3 milhões de euros (ME) para o fundo de reestruturação de crédito hipotecário e devido à falência de um banco. Na atividade em Portugal, o BCP suportou contribuições de 31,4 ME para o Fundo Único de Resolução.
No total do ano, a margem financeira cresceu 16,6% graças à redução dos custos com juros de depósitos que o banco paga e com os juros pagos pelo empréstimo que o Estado lhe concedeu na recapitalização.
O produto bancário cresceu 9,2% e o banco melhorou bastante a eficiência devido à descida de 3,7% dos custos operativos, com realce para a diminuição de 7,8% dos encargos com pessoal no nosso país.
Entre 2008 e 2015, em Portugal, o BCP cortou em 27% as suas sucursais e em 30% o número de colaboradores.
Revemos em baixa as estimativas de lucros por ação para 2016 de 0,008 para 0,007 euros. Para 2017, beneficiando da melhoria da conjuntura, estimamos 0,01 euros.