As vendas do iPhone enfraqueceram. Uma pausa no crescimento do grupo que não compromete as suas qualidades fundamentais, mas consideramos o potencial de recuperação do título insuficiente para comprar. Mantenha.
A Apple registou no primeiro trimestre 2015/16 o lucro por ação mais elevado da sua história (3,3 dólares). Naturalmente, a questão que se coloca é se este crescimento manter-se-á no futuro. É que o volume de negócios no trimestre apenas aumentou 1,7% (contra +28% no exercício 2014/15) e o grupo estima uma descida de cerca de 11% para o trimestre em curso. Em causa estão as vendas dececionantes do iPhone (produto estrela do grupo e que constituem 68% das vendas da empresa). De facto, os últimos iPhone 6 e 6S não trouxeram grandes novidades, e as vendas na China também abrandaram (24% das vendas).
Não existem, porém, razões para alarme. Primeiro, porque a maior parte das pessoas que possuem o iPhone permanecem fiéis à marca, apesar de os preços serem mais elevados do que a concorrência. Fidelidade amplamente alimentada por um ecossistema Apple de qualidade, fechado (uma especificidade do grupo) e enriquecido constantemente com novos equipamentos e serviços, segmentos onde a faturação aumentou 39% no primeiro trimestre (exemplos: o relógio Apple Watch, Apple TV, Apple Pay, entre outros). Além disso, os países emergentes, a maior parte, neste momento, afetados por um abrandamento económico, representam também um potencial de crescimento importante para a Apple a médio / longo prazo.
Revimos em baixa as nossas previsões de lucro por ação para 9,4 dólares para 2015/16 e 10,3 dólares para 2016/17.