Os resultados até setembro foram um pouco piores do que o esperado, devido a custos financeiros acima do esperado. Mas o acordo anunciado pode melhorar a situação financeira.
O volume de vendas ficou praticamente inalterado face ao período homólogo, assim como o EBITDA. O resultado operacional acabou por aumentar 52%, devido a um menor volume de provisões. No entanto, os resultados financeiros foram piores que o esperado, agravados por custos não recorrentes, o que levou a que os resultados retornassem ao “vermelho”. Também os prejuízos decorrentes das atividades descontinuadas (que foram ou serão vendidas) foram superiores ao que esperávamos.
Depois do fecho do trimestre, a Sonae Indústria (SI) anunciou um acordo para uma joint-venture com a Arauco, uma empresa chilena de madeira e derivados que opera à escala mundial, mas que tem uma presença residual na Europa e em África (apenas 9% das vendas). São precisamente as unidades industriais da SI nestas regiões que serão integradas numa nova empresa. Fora deste acordo fica a atividade na América do Norte. Em troca, a Arauco irá injetar 137 milhões de euros numa subsidiária da SI, que espera poder confirmar a concretização do acordo durante o 1.º semestre de 2016.
Reduzimos o resultado líquido por ação esperado para 2015 para -0,003 euros por ação (antes, -0,001), mas mantemos a estimativa para 2016 praticamente inalterada: 0,001. Mantenha.
Cotação à data da análise: 0,001 euros