Ao contrário do resultado anual, que foi superior às nossas expectativas, os objetivos para 2016 são mais modestos. No entanto, não põem em causa o nosso conselho para esta ação. Comprar.
O último trimestre foi melhor do que esperado com um lucro por ação que permaneceu estável (+1% no total do ano atingindo 2,41 dólares). De destacar o bom comportamento da venda de processadores para computadores (58% do volume de negócios) que, e apesar da diminuição na venda de computadores em todo o mundo, não recuou mais do que 1% (-8% no total do ano). Graças, essencialmente, à subida de 17% do preço médio dos processadores vendidos. Subida que coincide com o lançamento de novos produtos que o grupo pode faturar de forma generosa dada a ausência de concorrentes. Sendo assim, a margem bruta trimestral (64,3%) ultrapassou as previsões da empresa que rondavam os 62%.
Com um desempenho inferior encontramos o outro ramo de negócios da Intel, os processadores para servidores informáticos (que representam 29% da faturação) onde o crescimento das vendas não ultrapassou os 5% (em 2015 foi de 11%).
As previsões anunciadas pela Intel para 2016 são igualmente modestas, em grande parte devido aos custos associados à aquisição da Altera, que pesarão mais do que o esperado nos resultados. Mas este impacto é transitório e mantemos quase inalteradas as nossas previsões para 2017. Estimamos um lucro por ação de 2,3 dólares em 2016 (contra 2,52 anteriormente) e de 2,6 dólares em 2017 (contra 2,68).