Após um 3.º trimestre difícil, a gestão promete novas medidas. Porém, abordar a situação de forma sustentável não é fácil. O projeto industrial contínua incerto e potencialmente caro.
No 3.º trimestre a empresa registou uma perda de 0,15 euros por ação e uma redução de 0,5% no seu volume de negócios. As suas atividades media estão pressionadas pelo contexto económico e pela concorrência. Baixamos as nossas previsões de lucro por ação para 0,55 euros em 2015 e 0,60 euros em 2016 (antes 0,73 e 0,88). Se a televisão por assinatura (Canal +) cresceu internacionalmente, já em França, a faturação recuou 1,9% nos últimos 9 meses, enquanto os custos (re-estruturação e direitos desportivos) aumentaram.
No segmento musical (Universal), os resultados operacionais caíram 24,5%, colocando em causa a viabilidade do streaming. Para reverter esta tendência, a gestão anunciou um reforço dos investimentos em 2016 e 2017. O projeto industrial da Vivendi continua pouco claro. Também lhe falta consistência: depois de ter vendido os seus ativos de telecomunicações e de videojogos, o grupo voltou a reforçar capital na Telecom Italia, na Ubisoft e Gameloft, ao que corresponderá a uma utilização de 8.000 milhões de euros de caixa.
Ainda assim, haverá lugar a um dividendo especial de 2 euros por ação como o previsto em 2015. O perigo é que o grupo regresse ao investimento caro e/ou disperso. A cotação atual não leva em conta o risco. Venda.
Cotação à data da análise: 19,03 euros