A cotação tem vindo a cair desde a divulgação de resultados. Porém, o mercado parece estar a penalizar demasiado a ação, que tem boas perspetivas de longo prazo.
Será a Pearson capaz de restaurar a confiança dos investidores? Considerando a queda da cotação desde o anúncio dos resultados em outubro passado, os mercados não parecem acreditar nisso. A verdade é que esta recente divulgação, com explicações semelhantes às dadas em 2014, parecem ilustrar a dificuldade do grupo em adaptar o seu negócio às mudanças no seu mercado. A editora sofre com o aumento da digitalização dos livros e com a crescente utilização das ferramentas online por parte dos alunos. Este facto justifica aumentarmos risco deste título de 2 para 3.
No entanto, consideramos que a queda na cotação verificada é exagerada. O grupo deverá beneficiar do seu refoco nas edições escolares e universitárias, depois da venda das suas edições financeiras (Financial Times, The Economist). Estas alienações permitam-lhe reforçar as suas reservas financeiras, o que pode acelerar os seus investimentos (incluindo a educação digital) e um pagamento de dividendos regulares aos seus acionistas. Note-se o crescimento de 6 % do seu dividendo semestral, o que consideramos como sinal de confiança da gestão nas suas perspetivas de longo prazo. Aproveite a oportunidade comprar este título, que avaliamos como barato.
Cotação à data da análise: 748,50 pences