Desde que recomendámos a compra, a ação valorizou mais que duplicou, e já não está barata. Não compre mais, mas considerando as qualidades do grupo, não é ainda a altura de vender.
O 1.º trimestre 2015/2016 (fecho do exercício a 31/08) veio em linha com os precedentes, sólido mas limitado pela apreciação do dólar (60% das vendas ocorrem fora dos Estados Unidos). A progressão do volume de negócios limitou-se portanto a 1% no trimestre. Teria sido de 10%, excluindo o efeito cambial, e apesar do abrandamento económico. Para o total do exercício 2015/16, a Accenture mantém os seus objetivos, nomeadamente um crescimento do volume de negócios entre 1% e 4% (supondo já um efeito cambial negativo de 5%) e aumento do lucro por ação entre 7% e 10%. A qualidade dos serviços que oferece permite-lhe fidelizar clientes, o que gera receita recorrente e defende as margens.
Tendo em conta a forte subida da cotação nos últimos anos, já não aconselhamos a comprar mais esta ação, que agora está corretamente valorizada. Mas também ainda é cedo para realizar mais-valias, pois o potencial da ação foi reduzido, mas não está esgotado. Líder na maioria dos seus mercados, a Accenture é uma empresa de qualidade, pouco arriscada e que continua a ganhar quota de mercado num setor ainda muito fragmentado. Mantemos as nossas previsões de lucro por ação de 5,3 dólares em 2015/16 (foi de 4,87 em 2014/15) e 5,7 dólares em 2016/17.