O lucro da Semapa caiu quase 18% face aos primeiros 9 meses de 2014. O resultado operacional subiu 30%, mas custos financeiros e encargos fiscais pesaram sobre os resultados.
O volume de negócios da Semapa, até setembro de 2015, cresceu 6% por comparação com o período homólogo, e a margem EBITDA registou um aumento considerável de 3 pontos percentuais. A maior parte deste desempenho deve-se à Portucel, mas o negócio de cimentos também registou resultados ligeiramente acima do esperado. A melhoria verificou-se sobretudo em Portugal, mas também no Líbano devido ao fator cambial. As vendas cresceram apenas 0,9%, mas registou-se uma redução de custos na unidade de cimentos e recuperação do negócio de argamassas, betão pronto e inertes, que passou de prejuízos (no mesmo período de 2014) a lucros.
No entanto, os custos financeiros agravaram-se 33,6%, devido a custos com a amortização antecipada de obrigações na Portucel e custos com a aquisição e investimentos na Supremos Cimentos (Brasil). E a carga fiscal ficou acima do esperado, devido à reversão de impostos diferidos e à saída da Portucel da consolidação fiscal da Semapa, dada a redução da participação que decorreu da Operação de Troca de julho (posição na Portucel baixou de 76% para 65%).
As nossas estimativas de lucros ficam quase inalteradas: prevemos 1,11 euros por ação para 2015 e 1,16 euros por ação em 2016. Mantenha em carteira.
Cotação à data da análise: 12,93 euros