Para responder a uma conjuntura difícil, caracterizada por baixas taxas de juro e pelo reduzido crescimento económico na Europa, a Allianz apresentou um plano para os próximos três anos. Como esperávamos, a seguradora alemã aposta mais na evolução do que numa revolução. Mas o grupo colocou a fasquia elevada, ao pretender um crescimento anual de 5% dos lucros. Dada a situação atual, somos um pouco mais conservadores e estimamos +3%.
A Allianz irá atacar as atividades menos rentáveis (redução de custos e de investimentos se necessário) como os seguros vida fora da Alemanha e as atividades norte-americanas de gestão de fundos (Pimco).
Centrando-se sobretudo na redução dos custos, as medidas não serão suficientes para sustentar o crescimento. Portanto, a Allianz tem de se voltar para as regiões de maior crescimento, como a Ásia. Mas o grupo alemão não está sozinho: a Axa e a Prudential já estão em campo. Os alvos para aquisição são, por esse motivo, cada vez mais escassos e mais caros.
Os investidores que antecipavam medidas mais radicais da Allianz podem sempre se consolar com o compromisso renovado da administração em distribuir 50% dos lucros sob a forma de dividendos: 7,00, 7,20 e 7,40 euros por ação, respetivamente, para 2015, em 2016 e 2017.