A deterioração dos resultados da Zurich Insurance obriga-a a deixar cair a aquisição da inglesa RSA. Agora terá que encontrar uma estratégia alternativa. Mas qual? Mantenha.
Presente num setor em dificuldades (receitas financeiras sob pressão, regulação mais apertada, concorrência), o grupo continua a não ganhar a confiança dos investidores. Depois de um 2.º trimestre penalizado pelo aumento dos custos nos seguros não-vida, a Zurich é forçada a anunciar uma perda associada a esta atividade no 3.º trimestre.
Por um lado, enfrenta os custos da explosão de um porto chinês, que causou entre 150 a 200 mortos e pesados danos materiais. Por outro, reconhece custos adicionais associados com a sua atividade nos EUA.
Espera-se um 4.º trimestre difícil. Para 2015, prevemos um lucro por ação de 19 CHF e para 2016 de 22 CHF. Sem dar detalhes, o grupo anunciou medidas corretivas. Para já, irá abandonar a compra da RSA, mas não nega a possibilidade de olhar para novos mercados. O dinheiro libertado por este abandono poderia ser usado para aumentar o dividendo e/ou na compra de ações próprias. O rendimento bruto de 2015 eleva-se a 7% e continua a ser o principal trunfo do título.
Apesar do fraco desempenho do título (rendimento de -3,9% nos últimos 12 meses em euros), a ação não está barata o suficiente (rácio cotação/lucro = 10,9) para comprar. Atendendo ao dividendo, poderá mantê-la.
Cotação à data de análise: 247,10 CHF