No 3.º trimestre, as vendas corresponderam às expectativas, mas não incorporam o impacto do escândalo, pelo que as perspetivas permanecem incertas. Se aceitar um risco elevado, pode manter.
A Volkswagen anunciou para o 3.º trimestre uma queda no fornecimento automóvel mundial de 3,4% para 2,4 milhões de unidades. Trata-se de um declínio que está em linha com a desaceleração dos mercados chineses, russos e brasileiros.
Por comparação com o escândalo que eclodiu em meados de setembro, este indicador é, no entanto, em si pouco revelador. Adicionalmente, a administração anunciou que as vendas em Outubro se iriam manter, pelo que seria inadequado tirar conclusões precipitadas. Na verdade, é ainda muito cedo para se aferir com exatidão o impacto do escândalo sobre a perceção a longo prazo do grupo por parte dos consumidores.
Em relação ao progresso das investigações (ou melhor, inquéritos), as notícias são escassas no momento. No entanto, já foi esclarecido que a modernização dos carros afetados será obrigatória e não voluntária, como a Volkswagen esperava inicialmente. Antecipa-se que esta situação irá gerar um custo superior a 6,5 mil milhões, em cima das provisões entretanto já realizadas no 3.º trimestre.
Enquanto se aguarda pela publicação dos resultados trimestrais, que deverão trazer mais esclarecimentos, reduzimos as previsões de lucro. Se aceitar um risco elevado, pode manter este título que está corretamente avaliado.
Cotação à data de análise: 107,70 EUR