O 1.º semestre da Semapa saldou-se por um crescimento de 7,1% do resultado líquido, uma evolução praticamente em linha com as nossas expectativas. Ação corretamente avaliada. Pode manter.
O volume de negócios (VN) cresceu 5,4% no semestre face ao mesmo período de 2014, e a margem EBITDA aumentou 1,6 pontos percentuais para 21,8%, sobretudo graças ao bom desempenho da Portucel, como demos conta na respetiva análise.
Nos cimentos, a Secil beneficiou com a estabilização do mercado da construção em Portugal, mas o bom desempenho nacional foi em parte anulado pelo menor desempenho na Tunísia e Líbano (devido à instabilidade política e social), e pelo Brasil.
A Semapa, recorde-se, adquiriu a totalidade das ações da brasileira Supremo Cimentos, e o contributo para o EBITDA do semestre foi negativo, dados os custos inerentes ao arranque de uma nova fábrica. A dívida da Supremo passou a ser integralmente consolidada, o que em conjunto com a forte distribuição de capital e aquisição da AMS na Portucel, levou a um considerável aumento da dívida financeira líquida (mais 394 para 1780 milhões de euros).
A Semapa procedeu também a uma redução de capital e do número de ações representativas, na sequência da OPT. Ajustámos portanto as estimativas: esperamos agora um lucro por ação de 1,11 euros em 2015 (antes, 1,07) e 1,16 euros em 2016 (antes, 1,12).
Cotação à data de análise: 11,38 EUR