Os resultados continuam sólidos. E, tendo em conta os pontos fortes do grupo, o potencial de subida não está esgotado. A Intel é uma componente tecnológica ideal para uma carteira diversificada. Pode comprar.
No 3.º trimestre, o volume de negócios e o lucro por ação recuaram, respetivamente, 0,6% e 3,6%, ainda assim um pouco melhor que o esperado. Sem surpresa, a procura por processadores para computadores e tablets mantém-se fraca, com os volumes a cair 9% nos 9 primeiros meses por comparação com o mesmo período do ano anterior.
Mas os processadores para servidores continuam a desempenhar o papel de motor do grupo, tendo as vendas crescido 13%. Esta área de negócios é muito rentável e representa já 29% do volume de negócios, estando posicionada para ganhar ainda mais importância. Para isso deve contribuir a aquisição da Altera por 16,7 mil milhões de dólares, que obteve luz verde da Comissão Europeia e que permitirá à Intel melhorar mais a sua oferta neste domínio, bem como na Internet of Things (dispositivos conectados), outro vetor de crescimento.
A desaceleração económica mundial não deixará de pesar, inevitavelmente sobre as perspetivas de resultados a curto/médio prazo, mas a Intel está a adaptar-se à nova realidade e reduziu consideravelmente os seus investimentos e os montantes despendidos na compra de ações próprias. Ajustamos ligeiramente as previsões de lucro por ação: 2,27 dólares em 2015, e 2,30 para 2016.