A saída inesperada do CEO aponta para uma profunda reorganização interna que, apesar das previsões em baixa, provocou uma forte recuperação da cotação. Pode ainda comprar.
Ellen Kullman, que se encontrava à frente da DuPont desde 2009, foi forçada a demitir-se, o que se torna efetivo a partir de 16 de Outubro. O seu lugar será ocupado por um membro do conselho de administração, Edward Breen, que liderou o processo de desmantelamento do conglomerado Tyco.
Kullman transformou o grupo com as vendas de revestimentos em 2012 e a separação dos produtos químicos de performance neste verão. Mas outras pessoas, como o investidor Nelson Peltz, querem ir mais longe.
É um motivo de esperança, apesar de mais tardio do que o previsto, com o regresso das especulações sobre uma divisão interna do grupo, e que fez passar despercebido uma redução nas estimativas para 2015. Em causa esteve o Brasil (6,7% das vendas do grupo em 2014), onde a situação se degradou (o setor agrícola e a força do dólar face o real brasileiro).
Em resposta a estas dificuldades, a DuPont acelerou a redução dos custos relacionada com o programa em curso, de 1,4 dólares por ação (antes de impostos), que será concluído no fim de 2016, um ano antes do planeado. Prevê-se poupanças adicionais de 0,3 dólares por ação (antes de impostos) no final de 2017.
Baixamos as previsões de lucros por ação de 3,8 para 3,5 dólares em 2015 e de 3,95 para 3,4 dólares em 2016.
Cotação à data de análise: 55,38 USD