A BASF continua os seus esforços para reduzir custos, mas a revisão em baixa dos objetivos impede que consideremos a ação como oportunidade de compra, apesar da queda em bolsa. Pode manter.
A BASF reviu em baixa as previsões de resultados para 2020. Estes objetivos foram comunicados pela primeira vez em 2011, e já na altura nos pareceram ambiciosos, ainda que não fora do alcance da química alemã. Desde aí, o crescimento nos países emergentes desacelerou, sendo este um dos principais vetores de crescimento da empresa.
Eventos geopolíticos, como a crise ucraniana, vieram complicar a gestão das atividades (adiamento da troca de ativos com a russa Gazprom foi adiada, mas vai finalmente realizar-se no final de 2015). E a queda da cotação do petróleo penaliza fortemente a divisão de hidrocarbonetos.
Mas a BASF, sempre proativa, age de forma a defender a sua rentabilidade. Vai diminuir as despesas de investimento nos próximos anos e lançar um novo programa de contenção de custos que deve poupar mil milhões por ano até 2018 (aproximadamente 1,09 euros por ação, antes de impostos), reforçando assim o programa lançado em 2012 e que se conclui este ano.
Por outro lado, a química procura alienar ativos em atividades menos estratégicas, e anunciou já a saída do negócio de pigmentos, prevista para o segundo semestre de 2016. Continuamos a esperar um lucro por ação de 5,3 euros em 2015 e 5,7 euros em 2016.
Cotação à data de análise: 69,01 EUR