Perante a queda do preço do petróleo, a Total reduziu a exploração. O objetivo é deixar passar a tempestade. Os acionistas têm de ser pacientes. Ainda é cedo para comprar. A ação está correta. Pode manter.
O colapso dos preços do barril de petróleo afetou a Total, assim como que os seus concorrentes. A nível mundial, nos 40 dólares, alguns poços de petróleo não são rentáveis e está prevista a suspensão da exploração.
A incerteza permanece sobretudo quanto à procura mundial (caso da China em particular) e não esperamos uma recuperação rápida. Se anteriormente as margens resistiram melhor face a alguns concorrentes, a persistência dos preços baixos poderá mudar esse cenário. Assim, é necessário rigor. A Total reduziu os investimentos e novas vendas de ativos deverão ser anunciadas em breve.
No entanto, não há motivo para alarme. A Total gera bastante liquidez e, apesar do contexto difíficl, tem uma tesouraria superior a 27 mil milhões de euros. O dividendo não está em causa. Estimamos que fique estável nos 2,44 euros e será proposto preferencialmente em ações (para evitar a saída de dinheiro), pelo que possibilita continuar a beneficiar de um generoso rendimento bruto de 6,4%. Estas medidas irão permitir à Total limitar o impacto da queda dos preços, mantendo-se na corrida quando a procura recuperar.
Mantemos as previsões de lucros por ação para 2015 nos 3,5 euros, mas reduzimos as de 2016 para 3,55 euros (4,03 antes).
Cotação à data de análise: 40,06 EUR