A agitação no mercado petrolífero penalizou bastante o setor. Acreditamos que a Exxon Mobil é a melhor preparada para ultrapassar este momento difícil e tem agora o conselho de compra.
Com uma queda de mais de 50% no preço do petróleo num ano, as maiores empresas do setor viram as suas margens cair. Apesar de acreditarmos que a médio preço o preço retomará, é difícil prever o momento em que isso ocorrerá. Para ultrapassar este momento, preferimos os perfis mais defensivos e mais capazes de recuperar, quando essa recuperação acontecer. A solidez financeira e a estabilidade operacional (nível de produção, margens) tornaram-se a nossa prioridade. Neste jogo, a americana Exxon Mobil é a melhor colocada. A cotação atual torna-a barata.
Nestes tempos difíceis, os seus principais trunfos são a dimensão do seu ativo (330 mil milhões de dólares de capitalização bolsista) e a sua elevada liquidez. Nos últimos anos, o grupo foi penalizado na bolsa pela sua falta de iniciativa e a sua relutância em investir na exploração/produção, alegando a sua baixa taxa de sucesso. No entanto, deu provas ao nível da integração de metas subvalorizadas. As violentas correções bolsistas dão à Exxon a possibilidade de crescimento externo, pela via da aquisição e de ativos suplementares, para recuperar quando chegar a hora. No entretanto, o seu posicionamento em zonas estáveis (ou com pouco risco) assegura-lhe uma estabilidade da sua produção.
É possível que a Exxon Mobil aumente o seu dividendo, mantendo algumas das compras de ações próprias. A tesouraria gerada pela sua atividade cobre grande parte do dividendo, enquanto os gastos em investimento diminuem (para preservar a tesouraria). Temporariamente, um recurso a dívida pode mesmo ser considerado, dado que o seu endividamento é baixo. É também a ação menos arriscada do setor. Pode comprar.
Cotação à data de análise: 73,79 USD