O colapso do preço do petróleo é um entrave à recuperação da BP. Embora permaneça subvalorizada, deixamos de recomendar a compra. Há opções mais atrativas no setor. Mantenha.
Os resultados trimestrais caíram dois terços em termos homólogos e mostram como tarda a recuperação das consequências da maré negra no Golfo do México em 2010. A queda no preço do petróleo não é, obviamente, uma boa notícia para o grupo britânico e para o investidor.
As nossas estimativas anteriores não previam uma queda tão acentuada, mas também estamos menos confiantes na capacidade da BP em gerar dinheiro suficiente para cobrir os investimentos, as indemnizações da maré negra e o elevado dividendo.
Com a queda da cotação, o rendimento do dividendo passou a ser o maior do setor (7,5% em termos brutos) e coloca em causa o crescimento. Acreditamos que a BP vai mantê-lo custe o que custar por não querer dececionar os acionistas. Além disso, precisa reconquistar quota de mercado, mas num ambiente que não facilita a tomada de riscos.
É certo que o grupo tinha assumido a liderança sobre os concorrentes através da alienação dos ativos menos rentáveis (quando o barril cotava acima de 100 dólares). No entanto, para prosseguir esse caminho é preciso esperar por um novo momento favorável, o que vai levar tempo!
Mantemos as previsões em 4,22 pence, em 2015, e 17,5 pence, em 2016, mas mudamos o conselho para manter.