A UCB continua a beneficiar de um bom crescimento dos seus medicamentos mais populares, que surpreenderam pela positiva no segundo trimestre. Mas as perspetivas do grupo são agora mais reduzidas, após o fracasso de um candidato a medicamento. Apesar da queda, o título permanece sobrevalorizado. Venda.
Os dois estudos clínicos em fase III (fase final de desenvolvimento) relativos ao Epratuzumab não conseguiram provar a sua eficácia no tratamento do lúpus eritematoso. Este é um grande revés para a molécula, que era um dos três próximos motores de crescimento previstos pelo laboratório, com o Brivaracetam (epilepsia; homologação em curso nos EUA e Europa) e Romosozumab (osteoporose; primeiros resultados da fase final de desenvolvimento previstos para o primeiro semestre de 2016).
Por agora, a UCB continua a usufruir do bom crescimento dos seus três medicamentos mais populares (Cimzia, Vimpat e Neupro), cujas vendas subiram 23% (taxas de câmbio constantes) no segundo trimestre. Até as vendas de Keppra (epilepsia) subiram 2%, apesar da pressão dos genéricos, um desempenho acima do esperado.
O lucro por ação, com uma progressão de 94%, é impulsionado pelo ganho obtido com a venda de várias marcas na Índia. Graças aos bons resultados, e tendo também em conta os efeitos cambiais positivos, a UCB subiu a previsão para o conjunto de 2015. Pela nossa parte, revemos igualmente a previsão de lucros por ação de 1,4 para 1,8 euros em 2015 e de 1,9 para 2,1 euros em 2016.
Cotação à data de análise: 70,46 EUR