O segundo trimestre terminou com resultados fracos para ambas as entidades da Kraft Heinz, o que não facilita o processo de integração. Mas o grupo dispõe dos meios e do tempo necessários para alcançar as sinergias esperadas. A ação está correta. Pode manter.
A Heinz Kraft publicou os resultados das duas entidades no segundo trimestre, antes da fusão no início de julho. As vendas da Kraft Foods recuaram 3,3% (base orgânica), mas os custos ainda caíram mais, pelo que o lucro líquido subiu 14%, para 551 milhões de dólares. Na Heinz, a situação é inversa. O fabricante do famoso Ketchup viu o volume de negócios progredir 5,9%, mas o prejuízo trimestral aumentou para 344 milhões de dólares (face a uma perda de 53 milhões um ano antes). Em causa esteve sobretudo o dividendo preferencial pago a determinados acionistas (incluindo Warren Buffett).
Nesta fase inicial da aliança, é difícil julgar estes resultados. Mas já parece óbvio que a integração das duas atividades não será fácil, pois ainda há muito trabalho a fazer. A Heinz Kraft, no entanto, continua confiante na sua capacidade de obter até o final de 2017 uma redução de custos de 1,5 mil milhões de dólares. Ao nível atual, a cotação reflete corretamente as nossas perspetivas. Pode manter em carteira.
Cotação à data de análise: 77,97 USD