Os lucros cresceram 46,6% do primeiro para o segundo trimestre. Revemos ligeiramente em alta as estimativas e a ação passou a estar barata, pelo que alteramos o conselho. Pode comprar.
No conjunto dos primeiros seis meses do ano, o BPI alcançou lucros de 0,05 euros por ação. Um valor que ficou um pouco acima do esperado.
Na base da atividade bancária, a margem financeira, que é obtida pela diferença entre os juros que o banco cobra pelos fundos cedidos e que este tem de pagar para remunerar os montantes que lhe são confiados, progrediu 41,5% no primeiro semestre. Para isso muito ajudou, por um lado, a descida significativa do custo dos depósitos. Por outro, o facto de o BPI já não ter de suportar os elevados juros do empréstimo que o Estado lhe tinha concedido em 2012 no plano de recapitalização e que o banco já reembolsou na totalidade em junho do ano passado.
Por sua vez, as comissões líquidas aumentaram 5,8%, enquanto os ganhos em operações financeiras deram uma contribuição positiva para os resultados do período, ao invés das perdas registadas no primeiro semestre do ano passado. Destaque também para uma diminuição do crédito em risco, o que permitiu reduzir as imparidades do período.
Prevemos agora lucros por ação de 0,10 euros este ano (0,08 antes) e de 0,13 euros em 2016 (0,12 antes). A estes níveis, a ação constitui uma boa oportunidade para investir a longo prazo desde que aceite um risco elevado.
Cotação à data de análise: 0,93 EUR