A cotação do minério de ferro atinge mínimos históricos, mas a Rio Tinto dispõe dos meios para superar esta crise, mantendo o generoso dividendo (rendimento bruto de 5,3%). Pode comprar.
Desde fevereiro, a cotação do grupo mineiro caiu 15% (excluindo dividendo), na sequência da queda do preço do minério de ferro (-22%).
Na Europa, o espectro de uma Grexit ainda persiste, o que pode trazer alguma instabilidade económica e penalizar a procura europeia de aço e, consequentemente, de minério de ferro. A economia chinesa (que absorve mais de 60% da produção de minério de ferro) continua a abrandar, o que poderá ser acentuado pela queda do seu mercado de ações. Finalmente, o dólar forte pesa sobre a procura de matérias-primas (negociadas sobretudo em dólares).
Mas este contexto não é suficiente para pôr em causa o nosso conselho. No curto prazo, os preços poderão continuar em queda e, serão necessárias novas medidas de redução de custos que poderão ser anunciadas durante a publicação de resultados trimestrais prevista para 6 de agosto. O grupo conta com os baixos custos de produção para continuar a gerar elevada liquidez neste contexto de preços baixos.
O dividendo não parece ameaçado e poderia até ser aumentado para reforçar a confiança nas perspetivas de longo prazo, sustentadas pelas elevadas necessidades de urbanização e infraestruturas na Ásia e nas necessidades de renovação de infraestruturas dos países desenvolvidos.
Cotação à data de análise: 2622,50 p