A Pharol registou perdas elevadas no primeiro trimestre devido aos prejuízos acumulados pela Oi. A cotação depende sobretudo dos resultados da Oi, da qual a Pharol detém agora 27,5% do capital. Pode manter.
A Pharol, redenominação da antiga PT SGPS, teve prejuízos de 0,05 euros por ação no primeiro trimestre, quase o triplo das perdas registadas em igual período de 2014. Em causa estão sobretudo os prejuízos divulgados pela brasileira Oi, da qual a Pharol passou a deter uma posição efetiva de 27,5%. Além disso, os principais ativos da Pharol são a dívida de 897 milhões de euros da Rioforte e a opção de compra de mais 10% da Oi. Logo, a evolução bolsista da Pharol dependerá do desempenho operacional e financeiro da Oi. E, neste âmbito, o caminho a percorrer é longo.
Embora seja uma das maiores operadoras brasileiras, a Oi tem perdido quota de mercado e, apesar do encaixe obtido com a venda da PT Portugal, tem uma dívida elevada. Logo, após o fracasso da fusão PT-Oi, é necessário restruturar a empresa. Face a estes desafios difíceis e à incapacidade demonstrada até agora para inverter o declínio dos seus negócios, a Oi pretende entrar no processo de consolidação do mercado brasileiro, que nos parece a opção que mais facilmente permitirá recuperar a operadora.
Para a Pharol, prevemos perdas de 0,14 euros em 2015 e de 0,08 em 2016. Apesar da fraca visibilidade do título, como as más notícias já estão incorporadas na cotação e face à expectativa de consolidação no Brasil, mantenha a Pharol.
Cotação à data de análise: 0,43 EUR