O primeiro trimestre do ano revela sinais de retoma no mercado doméstico e concentração ao nível do controlo de custos. Ao valor da cotação atual e às perspetivas futuras, a ação passou a barata. Pode comprar.
O 1.º trimestre confirma o otimismo com que encarávamos o futuro da Glintt, em que esperávamos que ela conseguisse inverter a tendência de redução das vendas registada nos últimos anos (embora com crescimentos modestos), implementasse um processo de restruturação interna, com vista à redução de custos de funcionamento, e registasse um acréscimo de competitividade e foco nas suas atividades core.
Isto já é visível ao nível da faturação (+4,4%), com destaque para o arranque de uma série de projetos no mercado doméstico e europeu, permitindo compensar o contexto negativo no mercado angolano. Mas este crescimento implicou um reforço dos seus quadros, e levando a que o EBITDA gerado se situasse ao nível do período homólogo.
Custos financeiros menos pesados (fruto das taxas de juro menores) contribuíram decisivamente para o crescimento de 8% do lucro face ao período homólogo. Em termos de solidez financeira, a empresa continua a apresentar uma estrutura de capitais robusta e relativamente estável.
Mantivemos praticamente inalteradas as estimativas de lucro por ação de 0,014 euros e 0,021 euros em 2015 e 2016, respetivamente. Mas a ação passou a barata e mudamos o conselho de manter para comprar.
Cotação à data de análise: 0,19 EUR